Um casal jovem, dois filhos com idade entre 12 e 18 anos, muitas viagens e experiências. Como reunir os diferentes gostos, desejos e referências visuais acumuladas pela família durante anos? A busca pela atemporalidade é a marca do projeto de interior da casa de 600 m² desta família, na cidade de Rio de Sul (SC).
Fotos: Lio Simas
Com uma releitura contemporânea do estilo clássico, preferência dos moradores, e escolhas por cores e móveis que transmitam conforto e elegância, a decoração pensada pelas arquitetas Maíra Queiroz e Vanessa Faller é um exemplo de harmonia entre diferentes referências, sem cair em modismos.
A construção da casa já havia iniciado quando as arquitetas foram contratadas para criar o projeto de interior. Entre as exigências do briefing estava a criação de espaços aconchegantes e confortáveis ao corpo e aos olhos — os proprietários não queriam nada visualmente cansativo nos ambientes. Para isso, predominam no interior da residência tons neutros, como cinza bege, branco e preto. “Como a casa ainda estava em construção, houve grande liberdade no que tange layout, iluminação e revestimentos, além de ter evitado o retrabalho de ajustar as instalações elétricas e hidrossanitárias, já que tudo foi planejado com antecedência”, afirmam as arquitetas.
Além da elegância conferida pelas cores dos ambientes, a preocupação com a durabilidade dos móveis, a grande maioria em linhas retas e de materiais contemporâneos como Corian e cerâmica, foi outra exigência do jovem casal. As bancadas da cozinha, os revestimentos e a lareira a gás são da Infinita Surfaces, Portobello Shop e SC Lareiras, respectivamente.
A marcenaria da casa, encomendada sob medida para a Venturi Móveis, proporciona praticidade: “nada de modismos”, pediam os proprietários. Um boiserie, ícone do estilo clássico e referência de uma viagem da família à França, foi trabalhado com linhas retas, tornando-se moderno e leve. O gesso em relevo, formando molduras, estão presentes nas paredes do banheiro social, do quarto do casal e de uma das salas.
O gosto pelo estilo clássico, entretanto, não deveria transformar a residência num mini-castelo francês em Rio do Sul. O equilíbrio do projeto deu à casa um requisito que todas as construções que visam durabilidade e harmonia precisam ter: atemporalidade. Os ambientes integrados da casa deveriam ser atrativos para os filhos, qualquer que fossem suas idades. “Pensando no futuro, esta é uma casa atemporal para reunir a família”, avaliam as arquitetas Maíra e Vanessa.
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