Desde a iluminação até as texturas e materiais utilizados em um projeto, tudo influencia na forma como o ser humano se sente e reage dentro de um espaço. Por isso mesmo, um bom projeto é aquele que leva os ocupantes a sentirem-se bem, ou seja, traz um certo conforto estético. E é sobre ele que iremos falar no blog de hoje!
O que de fato é conforto estético?
O conforto estético é um sentimento de aconchego e acolhimento causado pelo ambiente à pessoa que se encontra nele. Ele pode ser atingido principalmente quando o arquiteto consegue expressar no ambiente a personalidade e preferência de quem vive lá. Já que é mais fácil nos sentirmos à vontade num ambiente que possui a nossa cara, do que um lugar que é o oposto dos nossos gostos, não é mesmo?
Psicologia Ambiental
É aí que entra a psicologia ambiental. Ciência responsável por estudar o ser humano e sua vivência, convivência e interação com o espaço, seja ele natural ou construído por outros seres humanos.
Com isso, pode-se dizer que algumas características de projetos arquitetônicos ou de interiores podem induzir a mente a variadas sensações positivas e negativas. No campo positivo, alguns projetos podem visar composições harmônicas, que objetivam gerar tranquilidade e segurança àquele que está no espaço. Já outros projetos tem o objetivo de trazer uma reação negativa, como desconforto e irritação. Um ótimo (ou péssimo) exemplo disso é a casa do Big Brother Brasil 2021, que por causa de sua composição exagerada e com muitas cores, possibilitou aumentar reações de instabilidade e irritação ao longo programa. Se quiser saber de forma mais detalhada sobre isso, basta clicar aqui para conferir o texto que fizemos sobre o assunto.
Nesse sentido, a psicologia ambiental é uma grande aliada para a construção de projetos que proponham um maior conforto estético e consequentemente uma maior qualidade de vida. Visando evitar composições como a da casa mais vigiada do Brasil.
Foto: Fábio Rocha/Globo
O conforto estético de um projeto arquitetônico
Sempre quando estão elaborando algum projeto, os arquitetos pensam minuciosamente em cada layout, estudando onde a pessoa irá olhar, como irá reagir e o que irá sentir ao se deparar com o ambiente.
Algo que usamos bastante nos nossos projetos são técnicas que conectam o exterior ao interior, como se a parte externa permeasse a casa. Nesse projeto do Rio do Sul, por exemplo, colocamos um vidro que possibilita as pessoas verem o interior da casa e um pergolado que entra na estrutura arquitetônica até sair através de outro vidro. Isso é chamado por profissionais da arquitetura de “espaço contínuo” ou “espaço infinito”, algo que causa um efeito psicológico e estético bem agradável e confortável.
Pergolado se integrando à arquitetura
O uso de “espaço contínuo” é muito presente nesse projeto
No design de interiores
Apesar da arquitetura da parte externa contar muito para o conforto estético, não se pode negar que o design de interiores tem uma relação bem mais profunda com a mente humana. Isso porque a todo momento o nosso subconsciente está obtendo informações do lugar onde estamos. Portanto, quanto mais tempo ficarmos em um espaço, mais a nossa mente absorverá as informações presentes nele. Como o interior de uma residência ou de uma empresa é um espaço em que geralmente passa-se a maior parte do tempo, é claro que as suas composições influenciam em maior grau o humor das pessoas.
Dado isso, é papel dos arquitetos buscar utilizar composições que sejam apreendidas pelos clientes de forma que gere um maior conforto estético.
Nos projetos de interiores do Espaço do Traço
Nesse projeto de cozinha, por exemplo, a pia foi disposta na frente da janela, aumentando a probabilidade de enquanto a pessoa estiver lavando a louça ou fazendo algo na bancada, ela esteja recebendo a luz do Sol. A importância disso vem pelo fato de diversos especialistas atestaram que só de receber diariamente um pouco da incidência de luz, o seu humor pode melhorar, já que a exposição ao sol libera um neurotransmissor chamado serotonina, que ajuda na melhora do humor e combate sintomas da depressão.
Pia e bancada na frente da janela é uma ótima opção para um maior conforto estético
Mas não é só a iluminação natural que afeta a percepção estética do ambiente. As fontes de luzes artificiais também influenciam, e muito, nas sensações e impressões que temos de um cômodo, sobretudo na cozinha, que deve ser um local de acolhimento e aconchego. Por esse motivo a escolha de uma lâmpada correta pode ser significativa para um maior conforto estético. Isso porque uma lâmpada com um índice de reprodução de cor correto pode fazer os alimentos aparentarem estar mais vivos e naturais, já uma lâmpada com uma cor errada pode deixar os alimentos em tons menos vivos, tendendo a uma cor pastel.
A iluminação artificial de um espaço pode afetar a forma como vemos as cores no ambiente
Indo para outros aspectos da arquitetura, a decisão de fazer uma cozinha fechada ou aberta pode mudar totalmente a forma como a pessoa que está na cozinha vai interagir com o restante da casa. Uma cozinha fechada, isola a pessoa que está nela do restante da casa, já uma mais aberta une os ambientes e modifica as relações dentro da própria casa.
Cozinha que abre para o restante do ambiente
A partir de tudo isso que foi falado, deu para perceber que o conforto estético em um ambiente é essencial para que se possa viver com uma boa qualidade de vida e humor. Para isso é muito importante a escolha de arquitetos competentes, que possam trazer a sua personalidade para a casa.
Quer saber mais sobre como deixar sua casa o lugar mais confortável possível para você? Então também confira um blog do qual falamos sobre conforto olfativo clicando aqui.
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