Vamos por partes. A neurociência estuda o nosso sistema nervoso, como, por exemplo: estruturas, funções, mecanismos moleculares, aspectos fisiológicos e, além disso, busca compreender doenças do sistema nervoso. Quando a neurociência se aplica à arquitetura temos a neuroarquitetura, essa união faz com que os projetos estimulem o bem-estar humano. Mas, como assim? A arquitetura de uns anos para cá utiliza conceitos para promover uma forma inteligente de criar ambientes mais humanizados, como é o caso do design biofílico, que auxilia no bem-estar mental e físico e que já vimos aqui no blog. Porém, existem mais conceitos sobre como o ambiente físico influencia diretamente a estrutura e o funcionamento de nosso cérebro, e é neste ponto que entra a neurociência e a arquitetura de mãos dadas!
Design biofílico. Prédio com jardim vertical.
Como aplicar a neuroarquitetura em casa – passo a passo
Simples, primeiramente você precisa conversar com o(a) arquiteto(a) de sua preferência, que tenha experiência em neuroarquitetura. Outro ponto e acreditamos que seja o principal é conhecer a si próprio(a), pode parecer algo invasivo para algumas pessoas, mas se não fizer o autoconhecimento é pouco provável que consiga renovar sua residência! Você deve estar se perguntando o porquê de se autoconhecer, e a resposta é simples: além da arquitetura, você buscou a neurociência, lembra no começo do texto que dissemos que ela estuda nosso sistema nervoso? Pois é, essa ciência quer entender você, seus hábitos, seus gostos, cores favoritas e até objetos que podem te deixar triste, irritado(a), por isso, é fundamental ter uma conversa cheia de detalhes com seu(a) arquiteto(a) e assim você conseguirá ter uma experiência saudável no espaço construído e consecutivamente vai mudar os seus processos mentais antigos em novos.
Neuroarquitetura em casa e em você.
Depois de fazer o seu autoconhecimento, a neuroarquitetura vai te levar a oito princípios básicos para renovar sua residência e a si mesmo. Para isso, o conceito utiliza a visão, audição, tato, olfato e o paladar. Veja abaixo alguns exemplos de neuroarquitetura e explore os seus cinco sentidos!
Vegetação:
Assim como falamos anteriormente, o design biofílico chegou abraçando muitos projetos, claro que, nem sempre está associado à vegetação, podendo haver inspiração em elementos como: fogo, água e ar. Entretanto, é nele que se concentra muito mais o design natural, por isso, decidimos evidenciar ele novamente. Um ambiente envolto por plantas, flores e outros elementos naturais, deixam qualquer espaço confortável, aconchegante que consequentemente nossos cinco sentidos transportam até nosso sistema nervoso, tranquilidade, paz e sossego.
Explore a vegetação dentro do seu espaço.
Texturas:
Parte crucial que deve ser observada no momento da conversa entre arquiteto(a) e cliente. Quais texturas usar? O que vai acarretar boas ou más lembranças para você? As texturas estão por toda a parte do seu imóvel e errar na escolha pode desenvolver gatilhos. Lembre-se: quando tocamos ou olhamos para um objeto, ou uma superfície, sentimos se a sua “pele” é lisa, rugosa, macia, áspera ou ondulada. Por isso, expressamos neste texto que o autoconhecimento se faz necessário para momentos de escolhas difíceis.
Aposte naquilo que te deixa feliz.
Reorganizar objetos e móveis:
Reorganizar seus pertences podem deixar o espaço mais harmônico. Já sabemos que um lar organizado libera em nosso cérebro sensações de prazer e felicidade, por isso, na neuroarquitetura, organizar o que está bagunçado ou mudar os móveis do lugar pode ser um exercício interessante para você que busca mais qualidade de vida.
Linda cristaleira organizada.
Se gostou desses conceitos, aguarde a parte II.
Vanessa Faller
Sócia-proprietária do Espaço do Traço
Separamos mais dicas de como viver melhor moldando-se às novas aplicações da arquitetura: Conceito Chillhouse: como tornar sua casa em refúgio
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