Nas últimas décadas o minimalismo tem cada vez mais se tornado uma tendência. Isso entre as pessoas que buscam uma maior simplicidade. Nas artes, pinturas, esculturas e até tema de documentário na Netflix. Com certeza essa filosofia caracterizada pela sua simplicidade vem ganhando cada vez mais destaque. É lógico que arquitetura não escapou dessa onda, sendo muito influenciada pelos seus conceitos.
Por isso, no blog de hoje. Nós iremos te explicar tudo que faz um projeto ser considerado minimalista!
O que é o minimalismo
Vamos com calma. Antes de começar a falar de como surgiu e suas características. Primeiramente, é de grande importância explicar o que é o minimalismo. Como já diz o nome, ele é caracterizado por ter o mínimo necessário. Ou seja, poucos elementos na arquitetura dos ambientes. Busca-se, assim, a sofisticação, o design simples e as linhas retas.
O conceito do minimalismo pode ser aplicado de vários modos. No entanto, os principais são no estilo de vida e nas artes.
No estilo de vida, o minimalismo se baseia num modo menos consumista de ser. Assim, optando pela qualidade e simplicidade ao invés da quantidade e exagero.
Nas artes, isso inclui a arquitetura. Esse movimento prioriza a elementos simples, poucas cores e adornos e o uso de formas geométricas.
Surgimento do minamlismo
Originado no século XX, com grande inspiração na arte cubista. Esse tipo de arquitetura surgiu a partir da influência de vanguardas artísticas. Entre elas, grupos como o De Stijl e Bauhaus. Ambos revolucionaram a forma de pensar o design no século passado. O uso de formas geométricas, o predomínio de linhas retas e o aspecto clean. Todos são características vindas dessas vanguardas. E hoje nós atrelamos a uma estética minimalista.
Crédito: Atelier.Guide Composição com vermelho, amarelo e azul Piet Mondrian, 1921
Crédito: BAUHAUS-ARCHIV BERLIN Mulher com máscara de Oskar Schlemmer na poltrona Wassily, de Marcel Breuer, 1926
Além disso , o minimalismo se nutriu muito da ideia de um arquiteto, Ludwig Mies van der Rohe. Ele foi responsável por criar o “mantra” minimalista. O famoso “less is more” ou em português “menos é mais”.
Seu senso estético e técnicas exemplares ajudaram a popularizar o estilo de arquitetura. Por isso, a cada década, o estilo ganha mais atenção e admiração no mundo arquitetônico.
Neue National Galerie: Mies van der Rohe
Minimalismo no Brasil
Não queremos ficar apenas nos nomes estrangeiros. Portanto trouxemos um brasileiro muito conhecido por sua estética minimalista. Provavelmente você já viu por fotos a sua obra mais famosa, o projeto de Brasília. Isso mesmo, Oscar Niemeyer foi um dos grandes arquitetos minimalistas brasileiros. Ao olhar bem as construções de Brasília, todas as características do movimento estão lá. Só notar as formas geométricas, simplicidade e os poucos ornamentos.
Palácio do Planalto: Oscar Niemeyer
Principais Características do Minimalismo
Algumas das características já foram faladas ao longo do texto. No entanto, é importante conhecer e se aprofundar um pouco mais. São elas:
Valorização da iluminação;
Espaços limpos;
Materiais e estruturas simples;
Baixo uso de ornamentos e cores;
Formas geométricas.
Valorização da iluminação
O ambiente minimalista visa priorizar um ambiente mais claro e iluminado. Isso é alcançado a partir de um bom jogo de luzes naturais e artificiais.
Além disso, a iluminação natural, se bem utilizada, pode ajudar a valorizar os objetos e decorações. O uso de vidro na composição, por exemplo, pode facilitar a passagem de luz para os ambiente
Já a iluminação artificial deve ser branca e preferencialmente de LED. Exalta-se, do mesmo modo, impressão mais clean e ampla do ambiente.
Espaços limpos
A princípio, nada no minimalismo é em excesso. Por isso busca-se projetar um ambiente mais limpo. Ou seja, tirando da frente o que é não tão necessário e focar naquilo que importa. A partir disso, se pratica algo que é o centro do minimalismo, o desapego.
Portanto, para ter espaços mais amplo, é importante se ater a escolha de móveis. Assim, optando por aqueles essenciais. E por consequência trazendo fluidez e amplitude ao ambiente.
Para alcançar um espaço mais limpo, a compra de móveis multifuncionais é muito importante. Por exemplo, mesas e camas retráteis, que ajudam a reduzir a quantidade de mobiliados no espaço.
Materiais simples
O minimalismo está presente também nos tipos de estruturas e materiais usado no projeto arquitetônico. Materiais como madeira, concreto, ferro e vidro, estão quase sempre marcando presença.
Mas não esqueça, muitas vezes se confunde ter algum móvel minimalista com ser um minimalista. A diferença é clara. O minimalismo é um estilo de vida. Logo, não é porque você usa materiais com essas características você pode se considerar um.
Baixo uso de ornamentos e cores
Nos projetos que seguem esse estilo há certos aspectos em comum. Geralmente os mobiliados possuem poucas cores e texturas, indo para uma superfície lisa.
As cores mais utilizadas nesses tipos de projeto são branco, bege, cinza e preto. Normalmente se opta por tons mais claros. No entanto, pode se utilizar do preto em alguns pontos para dar algum contraste. Mas não misturando muito os tons e texturas. Assim, não foge muito do padrão.
Esses tipos de cores e o baixo uso de adornos são responsáveis por não só trazer beleza. Mas também a simplicidade e o abandono de excessos.
Formas Geométricas e linhas retas
A busca de linhas retas essenciais e o uso de formas geométricas é um dos princípios do minimalismo. Assim, possibilita-se elegância e diminui a poluição visual do exterior e interior do projeto.
E aí conseguiu entender o que é o minimalismo? Talvez alguns conceitos dele possam cair perfeitamente no seu projeto. Mas lembre, o minimalismo não é necessariamente o jeito certo de arquitetar, apenas diferente. Então não se sinta pressionado a aderir a esse estilo. Em suma, o mais importante é que a arquitetura do projeto reflita quem você realmente é.
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